Com o passar dos anos, naturalmente nossos dentes vão escurecendo e ficamos cada vez mais com aquele conhecido “sorriso amarelo”. Um problema que agora já tem uma solução mais do que prática, com a popularização do clareamento dental. Entre as muitas novidades do setor estão os produtos que reforçam o desempenho das técnicas, alem dos produtos clareadores já utilizados até o momento.
A cirurgiã-dentista Ana Virgínia Prata conta que foram apresentados no último Congresso Internacional de São Paulo, em janeiro deste ano, pastas, substâncias e até chicletes que promovem o fortalecimento do esmalte e diminuem sua transparência, camuflando o amarelamento que a dentina pode sofrer. E vale lembrar que o clareamento é um procedimento democrático. “Qualquer pessoa pode ter seus dentes clareados, desde que eles estejam íntegros, sem muitas restaurações. São duas as técnicas usadas, mas ambas usam substâncias à base de peróxidos. A técnica utilizada no consultório, com o auxílio de luz para aquecimento ou laser e a caseira, com substâncias químicas e moldeiras. Todas são capazes de realizar o clareamento, e o que as difere é o tempo para obtenção do resultado”, frisa.
A especialista explica que o clareamento caseiro demora mais tempo, porém é menos agressivo ao dente. Quanto mais rápidas são as técnicas, maior o efeito colateral que provocam. “Este efeito é basicamente a sensibilidade dentinária. Para um sorriso mais branco é usado uma técnica de clareamento a laser. A boca é protegida por uma máscara de borracha com pequenos furos, que deixam apenas os dentes à mostra. Em seguida, é aplicado um gel poderoso despigmentante. O laser é passado dente a dente, por uma espécie de caneta com ponta luminosa. O laser ativa o produto, que remove os pigmentos internos e externos, mas também é possível combinar os dois tipos de tratamento”, esclarece a dentista Ana Virgínia.
Ela ressalta que durante o tempo de tratamento, a camada do esmalte é exposta e se torna mais desidratada e “porosa”, deixando os dentes mais sensíveis aos ácidos e açúcares. “Dentro de 24 a 48 horas esse esmalte irá se remineralizar e se reconstituir novamente. Na hipótese de uma pessoa repetir o clareamento indiscriminadamente, e nunca dar ao dentes a oportunidade da remineralização, as chances de efeitos adversos em longo prazo aumentam e um desses efeitos negativos é a sensibilidade. A aplicação de flúor pode ajudar a minimizar a sensibilidade dentária, que é aquela sensação que surge quando se ingere substâncias quentes ou frias”, completa a cirurgiã-dentista.
Fonte: JM Online.