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Conhecido como halitose, o mau hálito atinge aproximadamente 30% da população brasileira ou 50 milhões de pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). Não é uma doença, e sim um sintoma de uma possível variação fisiológica (que requer apenas orientação), patológica (que requer tratamento), por razões locais (feridas cirúrgicas, cáries, doenças periodontais e trabalhos protéticos mal adaptados) ou ainda por razões sistêmicas, como diabetes, distúrbios renais, prisão de ventre, entre outros.

São várias as causas do mau hálito, mas, em 90% dos casos, a causa está na boca. Segundo o Professor e Coordenador do curso de Pós-Graduação em Prótese Dentária Clínica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Dr. William Frossard, realizar a higiene oral de maneira adequada e consumir água são hábitos que ajudam a evitar o problema.

“Diariamente, é preciso escovar os dentes e limpar a língua com um raspador após as refeições, além de passar o fio dental ao menos uma vez por dia. A visita ao dentista deve ser personalizada. Têm pacientes que podem ir uma vez ao ano, a cada seis meses ou a cada três meses. Depende da situação, tendência à doença periodontal e tipos de tratamento realizados”, explica Dr. William.

Segundo o dentista, outro fator fundamental é a qualidade das restaurações / próteses que o paciente utiliza. Se não estiverem bem adaptadas, polidas, por mais que o paciente higienize, ele não consegue remover a placa bacteriana podendo causar mau hálito e outros problemas gengivais e periodontais, inclusive podendo levar a perda do dente. “A ida ao consultório é fundamental para que se possa verificar se algum dente está retendo resíduos por causa de cáries ou restaurações malfeitas”, alerta Dr. William.

A higiene da boca é fundamental, mas alguns alimentos são vilões. Segundo Dr. William, quando o paciente tem tendência ao mau hálito, é importante evitar carne gordurosa, fritura, repolho, brócolis, couve-flor, alho e cebola. “Bebidas alcoólicas em excesso, fumo e medicamentos que podem diminuir o fluxo salivar podem também causar o hálito desagradável”, finaliza Dr. William. Alimentar-se de três em três horas e beber dois litros de água por dia, para incentivar a produção de saliva, também ajuda a evitar problema.

Fonte: Portal Fator Brasil